Dentre os ruins, os piores.

Nos últimos dois meses o assunto em pauta na agenda política brasileira foi muito mais voltado para os conchavos e personalismos do que visando a melhoria ou reformas em nosso sistema. Nesse tempo, o que vimos pela mídia eram os que receberiam agrados do PMDB ou do PT, ficando a cargo dos acordos, nada louváveis, o destino do país.

Em um comentário em uma matéria do Estado de São Paulo, o cientista político Carlos Ranulfo, da universidade federal de Minas Gerais, extrai a seguinte frase “a eleição de dois representantes do partido para as presidências da Câmara e do Senado mostra a competência do PMDB naquilo que é sua especialidade, ou seja, ocupar cargos no Legislativo e no Executivo brasileiro”. O PMDB vive em função disso". Em função disso parece ser uma expressão adequada ao caso, o PMDB não tem interesses em governar para a sociedade, tem a intenção, como o PSDB, de mostrar poder, de ter nas mãos a possibilidade de colocar em cargos estratégicos pessoas sob seu comando, com estratégicos aqui é bom salientar, onde pode se retirar mais dinheiro do Estado, vide Edson Lobão, que não entende nada de energia, mas como bom afilhado do senhor Sarney conseguiu entrar numa pasta que movimenta bilhões de reais e onde as oportunidades de desvios são tão grandes quanto seu valor financeiro.
Juntando-se a isso, segue novamente a condução do senhor Michel Temer a presidente da casa que ele já presidiu, casa essa que ficou desmoralizada com tantas situações vergonhosas, tal qual o senado, que infelizmente perde, com essa postura de favorecimentos, a oportunidade de melhorar sua imagem perante a sociedade. A mudança no momento não é uma mudança de verdade, como podemos ver, os escândalos e crimes cometidos no congresso, tiveram nos últimos tempos esses mesmos personagens participando de alguma denúncia ou fazendo parte de conluios que defendiam os infratores.

Alguns analistas levam mais adiante essa eleição de Sarney, como um trampolim para o senador Renan Calheiros fortalecer-se novamente e quem sabe, em alguns anos, ser presidente dessa casa, o que não seria de todo ridículo, pois o senador envidou esforços consideráveis, junto com o diretor do senado, segundo revista época de 23/01, que mesmo o diretor sendo alvo de sindicância e processo, não perde o poder dentro do senado. Renan conta hoje com aliados sem vergonha de apoiá-lo, sem medo de mostrarem a que vieram, apostando novamente em fichas marcadas e situações previsíveis.

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