POBRES ALUNOS, BRANCOS E POBRES...(Sandra Cavalcanti)
O texto abaixo é de uma ex deputada do Rio de Janeiro, que resolveu adotar uma posicao contra as cotas raciais e expoe suas opiniões como quer, sem autoridade para tal, a mando de uma politica neoliberal e sem fundo social. Entre as lembranças de minha vida, destaco a alegria de lecionar Português e Literatura no Instituto de Educação, no Rio. Começávamos nossa lida, pontualmente, às 7h15. Sala cheia, as alunas de blusa branca engomada, saia azul, cabelos arrumados.Eram jovens de todas as camadas. Filhas de profissionais liberais, de militares, de professores, de empresários, de modestíssimos comerciários e bancários. Como a autora mesmo diz, eram filhos de pessoas de classe média ou classe média alta, não tinham nada de pobre, nesses termos, qualquer cor ou raça é relativamente respeitada. Filhas de militares normalmente são vistas, mesmo negras, com bons olhos e naquela época muito mais bem vistas. Elas compunham um quadro muito equilibrado. Negras, mulatas, bem escuras ou claras, ju...