A velha política ainda é a mais praticada.

Pasmo? não fico mais, não me surpreendo e nem acho que algo vá ser diferente. O presidente do Senado, José Sarney, o Ribamar, consegue ser ao mesmo tempo culpado de criar cargos em seus dois mandatos como presidente da casa e agora, contradições a parte, ter que acabar com os mesmos.

Não podemos esquecer que Ribamar, o ex-presidente da república, com mais de 80 anos e mais da metade deles mamando no nosso patrimônio, nosso mesmo, juntamente com Roseana, a do 1 milhão de reais no cofre de seu marido e de seu irmão, o do grupo da politécnica, não tem ideologia além da que diz para manter-se no poder vale tudo até não ser coerente com os cargos que ocupam. Agaciel é o chefe criadores das falcatruas institucionais, ou seja, dentro do âmbito físico e administrativo da casa, precisou de uma mesa maior, Agaciel dava ao Senador, quer uma sala ou gabinete mais bonito e amplo, o Agaciel é o homem que resolve tudo, mas a que preço?

Sarney e Agaciel são dois homens com características bem comuns em nós, brasileiros, têm sempre um jeitinho de fazer as coisas, mesmo que esse jeitinho seja voltado a lesar, descaradamente, diga-se de passagem, o erário. Por outro lado, esses dois indivíduos são empreendedores, veja o Ribamar, o escritor, mantém o poder de sua família em dois estados da união, manda no Pará e no Maranhão, como o fazem o Calheiros, agora fortalecido depois dessa disputa sem vergonha pelo comando da instituição e como faz também, o Jader, sim, o Barbalho, aquele que levou muita grana do banco do estado e tinha criação de rãs, para consumo próprio, ao que parece, já que no local do criadouro, que deveria ser gerido por sua esposa, não havia nada lá. Então, os empreendedores como eles têm sempre grandes vantagens, o Estado lhes oferece tudo de que precisam e ainda contam com o apoio da população, ganham votos como se fossem os políticos sérios que tentam parecer.

Homens como Sarneye e Agaciel são regras, não exceções em nossa cultura, vale voltar na história e ver quantos não são os que viveram pendurados na mãe Estado. Mas não podemos negar que eles são bons no que fazem, picaretagens e política barata, mesquinha e em torno do toma lá dá cá, empreendem com o poder concedido pela nossa estúpida cultura da idolatria, fazem dos cargos públicos apoios a suas malandragens, vide Edson Lobão no ministério das minas e energias; Agaciel é um homem astuto, sagaz e, ligeiramente, como se pode ver, influente. Conseguiu, por meios sabe lá de que, influenciar no resultado da votação pelo novo mandato de presidente; Agaciel, homem rápido, não custou a perceber o quanto é barato um político brasileiro, ele comprava em liquidações, às baciadas, político ruim e sem escrúpulos é o que não falta no país.

Ah, Sarney e Agaciel são farinha do mesmo saco, mas não é um saco qualquer, é o saco, pois vai ter farinha ruim assim lá longe, a maior parte do conteúdo desse saco vale muito pouco ou nada. Portanto, com um mercado tão promissor, Agaciel empreendia e se saia bem, era a eminência parda do Senado, fazia o que bem entendia, mandava e desmandava e não aparecia para as câmeras. Com isso, foi estruturada a eleição última para comandar a casa que deveria ser um modelo de boa gestão pública, pois os senadores, cabe lembrar, estão lá para nos representar (tudo bem, sou um sonhador, ninguém mais acredita nisso), mas é a teoria.

Agaciel não declarou um casa de 5 milhões, o que não é estranho, o Edmar, o militarzinho que se achava rei, não declarou um castelo de mais de 25 milhões, alguém aí anda fazendo escola. O que é estranho é um diretor do senado ter tanto poder, um senador não ter preocupações com sua base ou com a sociedade e, mais ainda, que nós não tenhamos consciência quase nenhuma de política.

O país está nas mãos de empreendedores, como os acima, começam com nada, arrumam um jeitinho de entranharem-se no governo, usam sua força política conseguida sabe-se lá como e fazem fortunas, é uma visão clara e clássica das pregações capitalistas.

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